terça-feira, 15 de janeiro de 2008

San Francisco Rush: Extreme Racing

E vamos para o primeiro review do Project N64! Para a estréia, escolhi um dos meus games favoritos no N64: San Francisco Rush: Extreme Racing. Produzido pela Atari e distribuído pela Midway, este jogo de corrida explora algumas características apreciadas pela maioria dos gamers: alta velocidade, muitos atalhos, e corridas disputadas.



Originário dos arcades, SFR foi lançado em 1996, e no mesmo ano desembarcou no N64. O indefectível "rush" na tela inicial fez a alegria de muitos molecotes (eu incluído) acostumados aos carros de papel do Ridge Racer (PlayStation). Em SFR, os carros explodem em batidas violentas, e a lataria dos mesmo sofrem avarias - embora o desempenho não seja afetado, ainda que seu carro esteja em frangalhos. Os saltos gigantescos nas ladeiras super inclinadas de São Francisco aumentam a diversão no fator "destrua o carro, mas não o exploda". Sair inteiro de uma capotada espetacular é o máximo!



A sensação de velocidade, algo ainda raro naquela época, é outro fator que merece destaque. A altas velocidades, o controle do carro torna-se difícil, e qualquer deslize culmina em batidas ou derrapadas que lhe tiram o controle do bólido. Tudo bem que a física, embora avançada nos idos de 1996, não é das melhores, mas dentro do game, funciona muito bem. Talvez até demais, já que, às vezes, qualquer relevo pequeno na pista faz o carro desgrudar do asfalto, e, invariavelmente, colidir - e explodir.

Os atalhos finalizam o rol de características que tornaram SFR um sucesso. Há muitos espalhados nas várias pistas disponíveis - sete, todas com opções de mirror. Ainda que alguns deles não ajudem de fato a ganhar segundos preciosos na corrida, garimpar as pistas atrás de atalhos escondidos é bem legal. E, mais que isso, conseguir atravessar os caminhos secretos, que não raras vezes incluem saltos entre prédios e passagens estreitas, é muito legal.



O modo multiplayer limita-se a dois jogadores simultâneos, com a tela dividida, que podem correr no modo Circuit ou One Race. Não tive a chance de testá-lo (falta-me um companheiro de jogatina), mas pelo que pude ver, parece ser interessante, embora a tela dividida ao meio atrapalhe nas partes de ladeira, tanto na subida, onde o horizonte não aparece, quanto na descida, onde o jogador simplesmente não sabe onde ou como cairá.



Como nem tudo são flores, o game padece de alguns defeitos irritantes. A já comentada física estranha, que faz com que se perca o controle do carro na menor ondulação existente na pista, é um deles. Este detalhe, na realidade, é uma faca de dois gumes: ora produz raiva no jogador, quando este tem seu carro destruído por quase nada; ora faz o mesmo delirar, quando desencadeia um salto que dá certo no final - ou não. Mas o prêmio de pior coisa do jogo, definitivamente, vai para a trilha sonora. Que músicas ruins! Sei que não dá para esperar muito de um cartucho, e que seria querer demais músicas como as do Gran Turismo (PlayStation) aqui, mas bem que poderiam ter feito algo minimamente decente. Até o SNES tem games com trilha sonora melhor. As músicas são chatíssimas, repetitivas e incômodas. E ainda colocam um player nas opções de áudio, haha! Dica: desabilite as músicas, e curta o barulho (escroto também) do motor.

Os modos de jogo são poucos: Circuit, que é a competição; One Race, corrida descompromissada; e Practice, que como o nome denuncia, serve para conhecer as pistas e treinar. Nada extraordinário, mas ainda assim dá para o gasto. Claro que, com o tempo, sete pistas (sendo uma secreta - Alcatraz) enjoam, ainda mais correndo sozinho...

No geral, San Francisco Rush diverte bastante, e seus problemas (áudio terrível, poucos modos de jogo e física estranha), não ofuscam o brilho dos pontos fortes (diversão lá em cima e gráficos excelentes). Vale a pena! Seguem as notas do game:

Gráficos: 9
Áudio: 4
Jogabilidade: 8
Diversão: 9
Nota final: 7,5

2 comentários:

Anônimo disse...

Rusho só serve se você tiver alguém pra duelar enquanto tenta ganhar o modod circuito com morte, ai sim o jogo fica filé...

Nada melhor que a Kombi pra detonar alguns carrinhos...

Pepe

Anônimo disse...

Faltou o Banjo-Kazooie(ainda vai ter um remake pro Xbox360)e o Banjo-Tooie,que pra mim estupram qualquer mario da vida em todos os quesitos mas que é menos famoso.