sábado, 2 de fevereiro de 2008

Super Mario 64

1996. A Nintendo lança o então mais poderoso vídeo game do mercado, o Nintendo 64. Com 64 bits, o dobro dos principais rivais (Sega Saturn e Sony PlayStation), e algumas apostas retrógradas e arriscadas, como o uso de cartuchos no lugar de CDs, a promessa era entregar gráficos tridimensionais vastos, games grandes e bem feitos, e muita diversão. Junto com o lançamento do console, dois games saíram, tendo a difícil missão de mostrar todo o poder do N64. Eram Pilotwings 64 e o aguardado Super Mario 64. O encanador italiano tinha à sua frente uma difícil missão, sim, mas como quase sempre, conseguiu cumpri-la a contento.



Super Mario 64 foi um marco não só por ter sido o primeiro jogo para Nintendo 64, nem por apresentar Mario em 3D pela primeira vez na história. O jogo, em si, é muitíssimo bem feito. O gameplay, os gráficos, o universo criado, tudo foi feito com muito esmero, utilizando os recursos que o console da Nintendo disponibilizavam com maestria. Em todas as revistas especializadas da época, as notas que o game levou foram altíssimas. Não foi por acaso, definitivamente.

O enredo é aquele de sempre: a princesa Peach manda uma carta para Mario, convidando-o para tomar um chá em seu castelo, e quando o bigodudo chega lá, recebe a notícia de que ela foi raptada pelo incansável Bowser. A partir daí, Mario é incumbido de resgatar a donzela, precisando, para atingir seu objetivo, capturar várias estrelas, que por sua vez abrem novas fases.



O leque de movimentos de Mario é vasto, e todos eles são bonitos e de fácil realização. Igualmente variados são as caras e trejeitos do herói, que se cansa quando é atingido por algum inimigo, grita e pula com a mão no traseiro quando cai no fogo, nada, dá inúmeros saltos e piruetas, e socos e ponta-pés no melho estilo Jackie Chan. Os inimigos clássicos estão todos lá: tartarugas, aquelas “bostinhas” marrons, as bombas características, os blocos de concreto com cara de mau.

Os cenários são imensos, e cada um deles esconde várias estrelas, que deve ser pegas uma de cada vez. Esse detalhe eleva o grau de exploração a um nível altíssimo: é absolutamente comum visitar uma mesma fase muitas vezes. E mesmo que não pareça, a busca por estrelas é divertida!



Super Mario 64 não é difícil, nem fácil. Essa harmonia reflete-se nos demais quesitos do game, tornando-o agradabilíssimo, independente do tipo de jogador, casual ou hardcore, criança ou adulto, fã da Nintendo ou não. Super Mario 64 é muito bom!

Gráficos: 10
Áudio: 9
Jogabilidade: 9
Diversão: 10
Nota final: 9,5